Demo image Demo image Demo image Demo image Demo image Demo image Demo image Demo image Demo image

Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam!.

Fotos do espetáculo "Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam!", texto de Samuel Beckett, com Gabriel Máximo, José Pontes e Luiz Girard, dirigido por Paulo Santana. Ana Miranda (Figurino), Malu Rabelo (Iluminação), Nelson Borges (Sonoplastia e Visagismo), Everton Figueredo (Contra-regragem).
Apresentação no Teatro Cláudio Barradas.

De Teatrografia

O Texto de Samuel Beckett foi traduzido do original pelo ator Gabriel Máximo, uma proposta ousada dentro de um projeto financiado pela Pro Reitoria de extensão da Universidade Federal do Pará intitulado "Teatro para Todos" que abre as portas do teatro a custo zero para que todos tenham acesso. A montagem tem uma dramaturgia fiel ao original, onde todas as rubricas foram levadas em consideração na elaboração das cenas, interpretadas pelos atores Gabriel Máximo e José Pontes da nova geração do curso técnico em ator da escola de teatro da UFPA, ao lado de Luiz Girard, ator experiente que há muito tempo participa das peças do diretor Paulo Santana pelo Grupo Palha de Teatro.

De Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam!

Com textos impecáveis, que muitas vezes parecem sair tão rápido quanto o próprio ato de pensar e incrivelmente sem atropelos, os atores demonstram um trabalho aprofundado de leitura de mesa sobre a obra de Beckett, além de uma qualidade notória na construção do corpo para os personagens. A troca de experiências entre os atores, regidos pela direção de Paulo pode não transparecer aos que não tem contato direto com eles ou que apenas apreciaram o resultado final, mas para quem os conhece, é perceptível o engrandecimento que este processo de montagem proporcionou, ainda mais se tratando de um formato que procura não apenas agradar pela comédia, mas sim levar a uma reflexão através do absurdo mostrado nas relações humanas.

De Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam!

Para Paulo Santana o desafio de dirigir um texto de Samuel Beckett, dramaturgo irlandês consagrado como um dos fundadores do teatro do absurdo, era o de levar para os palcos uma proposta fidedigna ao que o autor propunha no texto "Como posso desconstruir algo que eu nunca tive contato dentro da ideia original?", seguindo desta linha de pensamento o diretor questiona a releitura de textos consagrados na dramaturgia mundial, avaliando a importância, dentro do contexto acadêmico, da experiência de se montar grandes clássicos na integra, antes de serem realizados recortes e a desconstrução da dramaturgia na cena teatral, mas sem se prender em amarras tradicionalistas "depois do contato com os textos de Beckett através desta experiência, pretendo um dia desconstruí-lo".

De Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam!

Com Iluminação, Figurino e Visagismo impecáveis, o espetáculo traz Ana Miranda, estilista consagrada na cidade de Belém, com uma pesquisa realizada em São Paulo para construção dos figurinos, inovando com a proposta da utilização de papel como matéria prima de algumas das roupas utilizadas, proporcionando ao espetáculo um visual único que chama atenção daqueles mais atentos aos detalhes, a maquiagem de Nelson Borges sempre arrasando, transforma os atores na passagem do primeiro para o segundo ato, que são constituídos de histórias diferentes, a iluminação de Malu Rabelo da o toque final, pincelando junto com a sonoplastia uma ambientação digna para a interpretação do teatro do absurdo proposto por Beckett e dando um ar de estúdio para as fotos expostas aqui no Teatrografia, um espetáculo a parte para nós, fotógrafos da cena.

De Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam!

Apreciem todas as fotos no Slide:



ou baixe todas elas direto de nosso álbum no Picasaweb:

Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam!

Texto de Ed Amanajás
Fotos de Rafael Cabral

Postado por Ed Amanajás
Gostou deste artigo? Então clique no botão ao lado para curti-lo! Aproveite para nos adicionar no Facebook.

0 comentários:

Postar um comentário

(c) Copyright 2010 Teatrografia. Blogger template by Bloggermint